O Presidente russo, Vladimir Putin, pediu esta quinta-feira o reforço do potencial nuclear militar do país, garantindo que os seus mísseis podem romper qualquer sistema de defesa antimíssil.
“Precisamos de reforçar o potencial militar das forças estratégicas nucleares, sobretudo com mísseis complexos que possam entrar em qualquer sistema de defesa antimíssil existente” ou futuro, afirmou Putin, no habitual encontro de fim de ano no Ministério da Defesa russo, citado por agências noticiosas russas.
“Temos que monitorizar cuidadosamente qualquer mudança no equilíbrio do poder e na situação político-militar no mundo, especialmente ao longo das fronteiras russas, e adaptar rapidamente planos para neutralizar ameaças ao nosso país”, acrescentou.
Mas a Rússia pode dizer “com certeza” que é “agora mais forte do qualquer potencial agressor”, declarou. “Qualquer um”, frisou.
Putin lembrou que as forças armadas russas demonstraram, com êxito, as suas capacidades na Síria.
“O exército sírio recebeu um apoio considerável, graças ao qual conseguiu concretizar várias operações bem-sucedidas contra militantes”, disse.
A Rússia realizou uma campanha aérea na Síria, desde setembro do ano passado, em apoio do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, que contou também com a ação de contingentes de operações especiais no terreno
O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, declarou que as forças armadas “testaram 162 tipos de armamento moderno durante a campanha militar na Síria”, incluindo caças ‘Sukhoi’ e helicópteros ‘MiG’ e ‘Kamov’.
Estes equipamentos “mostraram ser altamente eficazes”, afirmou.
As tensões entre a Rússia e o Ocidente escalaram depois de Moscovo ter anexado a Crimeia (Ucrânia) em 2014 e de se ter envolvido no conflito no leste da Ucrânia.
Tanto a Rússia, como Estados-membros da NATO realizaram vários exercícios militares perto das fronteiras russas este ano.